terça-feira, fevereiro 28, 2006

PLANTAS

A introdução nas plantas um gene conferindo resistência a determinado herbicida, permite que, quando se espalha o herbicida, se extermine apenas a vegetação nociva e não a portadora do gene resistente.



Podem criar-se plantas mais resistentes a certos tipos de insectos, introduzindo-lhes o gene de uma bactéria que produz uma proteína (protoxina) que em condições normais é inócua, mas uma vez digerida pelo insecto transforma-se num veneno mortal.
A fixação do azoto necessária para o crescimento das plantas é aumentada por certas bactérias (Rhizobium) presentes nas raízes de leguminosas, capazes de fixar o azoto do ar. Espera-se que se incorpore, no genoma das plantas que têm necessidade de adubos azotados para o seu crescimento, os genes que lhes permitam fixar o azoto. Se estas experiências tiverem sucesso, a adição de adubos tornar-se-á desnecessário sendo este um grande contributo para a ecologia e para os problemas da fome (os custos da agricultura decrescerão significativamente, e a produção aumentará).




O melhoramento genético das plantas permite-lhes adicionar características nutricionais, que de outra forma não seriam produzidas pela natureza.


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terça-feira, fevereiro 21, 2006

ANIMAIS

Sabe-se que os animais de espécies diferentes não se podem cruzar, mas existem excepções. A fecundação artificial rodeou este obstáculo, construindo puzzles zoológicos que agrupam num só corpo os traços de espécies diferentes. A técnica embryo transfer permitiu, por exemplo, a junção dos óvulos fecundados de uma cabra e uma ovelha, combinando-os entre si. O embrião daí resultante foi transferido para o útero de uma ovelha que levou a gravidez até ao fim, tendo um filho quimera (ovabra ou cabrelha)Esta técnica permitiu também a exploração comercial de óvulos e esperma de animais de raça; os óvulos depois de fecundados in vitro são congelados e vendidos para todo o mundo onde são implantados em vacas comuns que farão progredir a gravidez.
O público indirectamente e os produtores pressionam os biólogos; querem novos modelos de animais, mais férteis, maiores, com carnes mais refinadas. Querem incrementar a produção de raças exóticas como o novilho charolês ou a ovelha angora. E assim nascem as galinhas resistentes a doenças, os superporcos ou os coelhos com genéticas especiais.


Nem sempre as experiências são bem sucedidas ou bem fundamentadas e as imagens de animais transgénicos monstruosos, tornam-se do conhecimento público, alarmando-o.
Mas estas técnicas para além dos benefícios provados têm outras potencialidades: animais em vias de extinção, como o tigre da Sibéria ou o panda, podem perpetuar-se no útero emprestado de outra espécie, que não rejeite o embrião.


Os animais trangénicos também são úteis para que se compreenda como é que os genes funcionam no organismo, sendo estas informações fundamentais para a compreensão da dinâmica de certas doenças como o cancro ou a SIDA.

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domingo, fevereiro 12, 2006

Engenharia Genética


Um dos princípios da Engenharia genética baseia-se no facto de que todos os seres vivos utilizam os ácidos nucleicos para guardar e transmitir a informação genética.
Através da recombinação de ADN, actua-se sobre o material genético, de forma a obter-se vantagens sobre os modelos iniciais.
Nos dois últimos decénios os engenheiros genéticos aprenderam a criar em laboratório enzimas e proteínas idênticas às do homem e modificando geneticamente microorganismos, plantas e animais, que originaram formas que nunca se haviam visto sobre a face da Terra.
Algumas aplicações da tecnologia de Recombinação Genética:
Industria Farmacêutica
. Vacinas. Reagentes de diagnóstico
. Agentes anti-tumorais
. Novas drogas
Agro-pecuária
. Animais e plantas resistentes a doenças
. Aumento do valor nutricional de animais e plantas
. Plantas resistentes a pragas. Produção de espécies raras
Industria Alimentar
. Novos ingredientes
. Novos processos de manufactura
. Novos enzimas

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

O erro da biotecnologia...



A engenharia genética e a mais recente genómica estão assentes num dogma nascido com a descoberta da "hélice" do ADN nos anos 50. Os resultados divulgados há um ano sobre o genoma humano demonstram que esse ponto de partida está errado, segundo o biólogo norte-americano Barry Commoner.

A biotecnologia pode ter pés de barro e as esperanças da Wall Street e do NASDAQ em arranjarem um substituto para a Nova Economia poderão sair goradas. Os fundamentos teóricos da engenharia genética ligados à descoberta da dupla hélice do ADN em 1953 por Francis Crick e James Watson - e que lhes daria o Prémio Nobel em 1962 - terão sido postos em causa pelos resultados dos projectos sobre o Genoma Humano divulgados em Fevereiro do ano passado pelas revistas Nature (15/02/2001) e Science (16/02/2001).
Para surpresa da comunidade científica mundial, os projectos revelaram que o genoma humano não contaria mais do que 25 a 35 mil genes, quando são conhecidas mais de 100 mil proteínas humanas. Os dados revelaram, ainda, que cerca de 40% dos genes humanos se envolvem em "entrançamentos alternativos" que geram múltiplas proteínas, cada uma delas com uma sequência diferente entre si e em relação ao gene original. A ideia de que o gene estaria sob total controlo, de que "movendo-o" de um organismo para o outro, ele continuaria a fazer o mesmo, terá ficado sem bases credíveis.

"http://www.janelanaweb.com/digitais/commoner.html"